• Imprimir
  • Compartilhar


  • Igrejas precisam de “bom” humor gospel

    Igrejas precisam de “bom” humor gospel
    Engana-se quem pensa que o “humor gospel” serve apenas para distração. Atualmente, o assunto vem sendo debatido por conta dos exageros e dos ataques ao cristianismo, mas o “humor saudável pode e deve fazer parte da igreja como forma de evangelização”.

    Esse é o pensamento de Mauro de Oliveira, mais conhecido como “Maurão”, 65 anos, jornalista e “bonequeiro”, como ele mesmo descreve seu ministério. “Sou casado com Bila, temos um filho, Fábio, casado com Elaine, e dois netinhos, Gabriel e Pedro”, apresenta.

    “Todos os finais de semana eu saio para pregar o Evangelho em igrejas e escolas, aqui no Brasil e em outros países quando nos convidam”, afirma.

    Depois de 42 anos criando músicas e histórias para os seus personagens, ele se denomina melhor como um missionário. Em entrevista ao Gospel Prime, o jornalista conta que, na década de 80, os fantoches chegaram para fazer parte de sua vida.

    “Eu gostava muito de assistir ao Muppet Show. Um dia pedi um boneco emprestado pra ver se eu conseguia fazer uma apresentação como aquela e deu certo, só que o boneco não era meu”, explica.

    Como tudo começou

    Depois de algum tempo, Maurão comprou seu primeiro boneco. “Eu olhei pra ele e ele olhou pra mim. Batizei na hora de Macalé”, lembra. Ele disse que não podia entrar em qualquer igreja com o Macalé, porque as mais tradicionais não entenderiam. Mas depois da primeira apresentação evangelística com música e fantoches, os convites começaram a aparecer.

    “Os bonecos é quem são convidados, e eu vou atrás. Eu só manipulo”, explica. Maurão conta que seu trabalho sempre foi feito para “ganhar almas para Jesus”. Embora não tenha sido fácil no início, ele diz que persistiu em sua proposta de evangelização com humor.

    Fases do humor gospel nas igrejas

    “Quando eu chegava com um ritmo diferente, muitas pessoas se levantavam e iam embora ou faziam cara feia. Já chegaram a dizer que meus bonecos eram feitiçaria. Tudo o que é novo incomoda”, pondera. Mas os tempos mudaram.

    “Hoje nós temos trânsito livre em todas as denominações, com exceção de algumas”, afirma. Embora Maurão trabalhe com a “Bé, Nono, Juninho, Vovó Mariquinha, Au-au, Tião Para-choques”, entre tantos outros, sua plateia não é só de crianças, mas principalmente de adultos.

    Resultados da evangelização bem humorada

    O jornalista explica que, hoje em dia, o humor gospel é mais aceito. “Mas eu queria falar do ‘bom humor gospel’ porque tem humor que não tem graça nenhuma, né? Tem cara que se acha muito engraçado, mas não é”, diz ele.

    Segundo o bonequeiro, o bom humor é importante na vida de todo mundo, mas principalmente na vida do cristão. “Quem tem motivo pra sorrir nesse mundo é o cristão. Ele conhece a Deus, conhece a Jesus Cristo”, assegura.

    “Em primeiro lugar ‘se não fosse por Deus’, eu não estaria mais aqui. Mas também, se não fosse pelo humor… meu Deus!”, reflete Maurão ao se referir ao seu atual estado de saúde.

    Quando a alegria vence a doença

    Em 2003, Maurão foi informado pelos médicos que estava com um câncer na medula óssea e, durante três anos teve que pausar suas atividades para o tratamento. Ele conta que foi desenganado pelos médicos, várias vezes.

    “Fizemos um transplante em 2004, não pra cura, mas pra uma sobrevida de cinco anos e pela misericórdia de Deus, ainda estou aqui trabalhando para o Senhor Jesus”, comemora.

    Apesar de sentir alguma dificuldade para andar, a doença não o impediu de plantar a semente do Evangelho por onde ele vai. Sua alegria ainda contagia crianças, jovens e adultos.

    Na semana passada, porém, houve um incidente enquanto ele estava a caminho de Uberlândia, MG. “Eu despachei três malas, mas lá só chegaram duas, e justamente a mala com os bonecos sumiu”, ele lamenta e ao mesmo tempo se alegra pela solidariedade das pessoas.

    “Ontem mesmo, uma irmã mandou pelo whatsapp fotos dos bonecos dela e disse: ‘Maurão, eu te dou todos os meus bonecos pra você prosseguir com seu trabalho’. Outro irmão também se ofereceu para ajudar”, revelou.

    Maurão se mostrou satisfeito pelo carinho e pelas orações de todos e finalizou “Agora estou escrevendo a parábola da mala perdida e espero que ela tenha um final feliz”, concluiu.

    Clique aqui e assista uma apresentação!


    Fonte: Gospel Prime

    O conteúdo das notícias é de responsabilidade de seus respectivos autores e veículos de comunicação, não refletindo necessariamente a opinião da ICESO


    Data : 2018-08-09
    Autor:

    Não existem comentários nesta notícia, seja o primeiro.